Cidade de Tabira - Alto Sertão do Pajéu - PE 1-3 de maio de 2009

CARAVANA DE LUZ CULTURAL EM TABIRA 1, 2 e 3 de maio de 2009.

A abertura aconteceu no feriado do dia 1, no Grêmio Lítero, no Centro da Cidade, próximo à Matriz Católica e à praça principal. As pessoas abaixo foram os caravaneiros, professores, oficineiros e facilitadores que viajaram horas para interagirem com outros entes. São profissionais e amigos em diversas áreas como massoterapia, agricultura ecológica, literatura, comunicação, filosofia, música, artes cênicas e dança, entre outras. Durante o fim de semana, mais de 700 moradores, a maioria crianças e adolescentes, participaram de cerca de 30 oficinas diversas. As aulas ocorreram em quatro escolas municipais, no Grêmio Lítero e na Câmara de Vereadores de Tabira. O prefeito Dinca, no encerramento das atividades da caravana, no domingo, destacou que o resultado da visita dos oficineiros foi muito positivo ao perceber a alegria estampada nos rostos dos jovens da cidade. Agradecemos a todos os Secretários. Reconhecemos a importância do trabalho da Professora Lyedja e equipe, diretora do Polo de Educação a Distância que fez o primeiro contato conosco e viabilizou nossa ida a Tabira através da Secretaria de Educação e do Professor Gustavo. Veja, em imagens, o resultado das oficinas ministradas lá.

Apresentação inicial da equipe de professores

Após a apresentação da equipe os resultados das aulas começaram a ser demonstrados.
A Oficina de Violão se preparava com as afinações das cordas.

Os alongamentos coletivos foram inciados pelo professor viajante de massoterapia, Tom.

Tom ou Welligton, amigo do Luiz Felipe, de camisa listada, comandou os estiramentos e alongamentos.

Uma demonstração da moda das tabirenses totalmente apropriada para um domingo pela manhã. Uma roupa leve e descontraída, uma galera muito atenciosa e envolvida nas atividades.

Os jovens que reforçaram amizades durante oficinas pousaram para foto.

Depois foi a vez da oficina de coral mostrar seus resultados com professora e maestrina Kássia Lima.

Deste coral participaram também os cadeirantes da Associação local, originalmente da Oficina de Contação de Histórias da Vida Real com a cadeirante D. Penha, "la madre del maestro Gil".

A Professora Valderez, da oficina de Artesanato Ecológico, puxou sua turma:

Os produtos de garrafa petis como mini sofá e pufis foram apresentados. A natureza agradeceu as garrafas retiradas que iriam para o lixo ou seriam deixadas no meio dos matos - diminuindo assim a poluição do meio ambiente.

Olha os pufis:

Violão deu seu show à parte com a turma de violeiros e violonistas. Quem ministrou a oficina foi o sobrinho da cantora Socorro Tavares, Alessandro.

A Oficina de Jornalismo, ministrada por Aline Ramos, apresentou seus produtos por meio da apresentação dos planejamentos para rádio comunitária, jornais e outros veículos de comunicação.

A oficina de contação de história da vida real feita por uma cadeirante que está de vestido rosa, chamada Dona Penha. Ela sensibilizou as pessoas por ter uma retórica simples, popular e cheia de histórias curiosas como da sua infância. Dona Penha, nos primeiros anos de vida, ainda bebê, viveu uma experiência de quase morte, chegou a ser colocada num caixão de anjo sobre a mesa, costume do povo da Cidade de Aliança, Zona da Mata Norte, onde nasceu. As pessoas acendiam velas para que o anjinho morresse em paz. Dias e dias nessa peleja. Até que um vizinho que era pastor evangélico, compenetrado e sensibilizado pela condição de sofrimento dela, sugeriu ao pai de dona Penha que desse veneno pra ela para acabar com aquela agonia... O pai dela respondeu que filha dele só morreria quando Deus quisesse e hj ela está contando essas histórias, a natura, e outras ...

Fátima, a cadeirante tabirense acompanhou atentamente a fala da liderança da Associação dos Deficinetes de Tabira que terminou seu discurso dizendo: "Nossa sociedade precisa acordar! Muitas vezes as pessoas com deficiência física são discriminadas. Mas por causa do preconceito, pessoas aparentemente normais possuem mais limites do que nós".

Depois foi a vez da Dança abrir a ala, comandada pela professora Raquel:

E os passos em grupo foram traçados...

A Equipe de caravaneiros é reapresentada:

O Professor Luca Barreto, fotógrafo profissional, apresentou a caixinha de luz, no curso de fotografia lúdica.

Luca começou logo cedo com o mascote da Caravana em Tabira, Yan, seu filho, com um ano e meio, juntamente com Aninha, sua mamãe.

Nos aproximamos com a câmara para registrar detalhe do pai alimentando a prole.

Aninha, é mineira, mãe de Yan, e deu oficina sobre parto natural ou parto ativo. A forma que Yan chegou ao mundo.

A primeira Dama de Tabira se fez presente.

Grupo de dança II foi à cena... A Vez da Turma de Yoga dar seu depoimento, iniciando por Sidney, o caras e bocas da turma. As aulas, através da prática de som e meditação, ficaram a cargo do maestro Gil.

Foram dadas demonstrações de como se fazer um parto natural, exatamente por uma das alunas grávidas. Tudo contou com a supervisão presencial do jovem mascote a assistente de professor da universidade do parto ativo ou parto natural, Yan.

O Secretário de Agricultura, Ridayson (Beliato) apresentou os resultados do Professor Mitsuo da Oficina de Agricultura com enfoque ecológico e Hortas Comunitárias.

Apresentação das turmas de segurança alimentar e massoterapia. Como o professor de segurança alimentar não pode comparecer, a coordenação da caravana orquestrou, com criatividade e flexibilidade, a migração dos alunos para o grupo de massoterapia, com o argumento de que o alimento vai mais além do feijão com arroz do dia a dia. Ao cuidar do corpo, também estamos nos alimentando com outras formas de energia.

Capoeira deu mais um show à parte estabelecendo uma amizade transparente e contagiante entre os mestres de capoeiras, o da Caravana, Val, e o de Tabira, Fernando. A professora Karina ajudou Val nas aulas.

Fernando levou a galera da capoeira para sua residência e ofereceu um panelada de fava, selando os laços de amizades pelas tripas, palmas e pernas voadoras. Maestro Gil registrou a importância da prática da capoeira como forma de resistência, valorização e manuntenção da cultura afrodescendente.

Viva as Manisfestções de Fé e Amizade!

Assim mesmo aconteceu uma festa do bem entre o escritor João, de MG, e o poeta de Tabira, que escutava atentamente a fala do professor que deu um curso de como editar um livro. Os poetas de Tabira reconheceram a importância das informações para firmarem ainda mais os seus trabalhos. Dança do ventre se apresentou sob a coordenação de Rodrigo Christian.

A proposta do Maracatu Ecológico, sob a batuta do Mestre Reizinho, neto do grande mestre de maracatu Luis de França, empolgou o público. Baldes, panelas e latas velhas, que estavam no lixo, viraram instrumentos musicais. Além de transformar lixo em arte, os alunos conheceram a tradição rítmica legítima do maracatu, a partir da experiência do mestre Reizinho, que está à frente do Maracatu Leão Coroado, da Bomba do Hemetério, Zona Norte do Recife. Mestre Reizinho juntamente com Kleiton, parcerizaram a releitura da proposta de fazer música raíz com as coisas que saem do lixo. Essa proposta não é nova, a arte da reutilização é bastante antiga. O que chama atenção é o objeto cravado e bem definido: fazer nação maracatu ecológico do Lixo ao Luxo, aproveitando baldes de plásticos, latas e cabos de vassouras velhas.

Claro que Mestre Reizinho e seu parceiro Kleiton estão apenas iniciando até chegarem aos grupos com 200 (duzentas) pessoas. Vale a pena ressaltar que há um grupo chamado Tambores do Banzo, localizado no Bairro da Bomba do Hemetério, surgido sob a liderança artística do mestre das tintas e das artes Zildo Marques que abordava essa proposta de música com baldes e latas majoritariamente, hoje em ampliação, reavaliação e aprimoramento dos conceitos. Esse trabalho que o Reizinho vem desenvolvendo na Caravana de Luz Cultural de criação da Nação do Maracatu Ecológico que vem se espalhando nas três ultimas Cidades por onde passamos consiste e se diferencia por ser um estímulo de duas pessoas que juntam grupos por onde passam para vivenciarem, estudarem e conhecerem as bases dos ritmos reais do marcacatu de baque virado e ainda ajudar a natureza a ser preservada com arte. Viva as pessoas que vivem para servir, seu parceiro Kleiton e Meste Reizinho fundador da Nação Maracatu Ecológico!

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"Há moedas de amor que valem mais do que os tesouros bancários, quando endereçadas
no momento próprio e com bondade."

" Lembremos que é difícil mudar o estado total das coisas. Que é difícil limpar toda a rua, mas é fácil varrer a nossa calçada." Tipo: vamos fazer o que está no nosso alcance.

Para Cidade de Capoeiras, próximo à Garanhuns : 22-24 de maio de 2009.

Para Cidade de Caetés, onde nasceu o Presidente Lula: 5-7 de junho de 2009.